Mapeamento Genético: benefícios e como fazer

  • 01/04/2024
(Foto: Reprodução)
Estudo do genoma de cada pessoa pode ajudar a identificar e prevenir o aparecimento de câncer e outras doenças. Técnica já está disponível para pacientes de São Carlos e região Crédito: Divulgação Se antigamente parecia coisa de ficção científica, hoje em dia analisar os genes de uma pessoa para descobrir quais problemas de saúde ela pode ter já é possível. Aliás, não apenas possível, mas em alguns casos, altamente recomendado. Com a evolução da tecnologia aplicada à medicina, o chamado “mapeamento genético” se tornou uma ferramenta importante para a previsão e prevenção de diversos problemas de saúde, contribuindo para melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas. "Embora seja impossível prever com precisão quais doenças uma pessoa pode desenvolver ou mesmo sua causa específica de morte através de avaliações genéticas, o conhecimento do seu mapa genético pode ser uma ferramenta valiosa na promoção da saúde preventiva", afirma o Dr. Marcel Arouca Domeniconi, cancerologista cirúrgico e especialista em cirurgia minimamente invasiva do Instituto Hélder Polido, centro de saúde que é referência em São Carlos e região. Dr. Marcel Arouca Domeniconi, do Instituto Hélder Polido, em São Carlos Crédito: Divulgação O profissional explica que os genes registram todas as informações específicas de cada pessoa, inclusive mudanças que foram herdadas de maneira hereditária. O estudo do mapa genético aponta se ocorreram mutações em cromossomos, proteínas ou genes, e até mesmo se essas alterações são benéficas, nocivas ou neutras. Em sua especialidade médica, a oncologia, Domeniconi diz que essas mutações genéticas nocivas podem elevar o risco do desenvolvimento de certos tipos de câncer. “Entre 10% a 15% dos cânceres estão associados a alterações herdadas pelo indivíduo. Saber que elas estão presentes é uma informação muito relevante tanto para o médico quanto para a pessoa, pois amplia as possibilidades de prevenção e diagnóstico precoce, aumentando consideravelmente o índice de sucesso do tratamento”, afirma o especialista. Segundo o médico, o mapeamento genético também pode ser útil para a composição de um protocolo mais personalizado para cada paciente, e colabora com a prevenção de novas neoplasias. Além disso, obter um diagnóstico o quanto antes pode poupar a pessoa de tratamentos mais agressivos, como a quimioterapia ou a radioterapia. Como funciona o teste genético? Dr. Marcel explica que o teste, em si, é bastante simples. “Basta coletar uma amostra de material genético da pessoa, como sangue ou saliva”, diz. Após a coleta, a amostra é submetida a exames avançados, onde o material genético é isolado, analisado e sequenciado. O médico lembra que antigamente, esse processo era bastante demorado. Mas hoje em dia, com o avanço da tecnologia, o intervalo de tempo para que o processo seja concluído é bem mais rápido – geralmente, semanas. Com o resultado pronto, o oncogeneticista avalia as informações e propõe as condutas mais adequadas. “Existem várias síndromes hereditárias, identificadas pelo mapa genético, relacionadas a diferentes tipos de tumores, como câncer de mama, tireoide, pâncreas, ovário, estômago e cérebro, entre outros”, pontua o especialista. Quem deve fazer? Quem possui histórico familiar de câncer, por exemplo, pode procurar um especialista para realizar o mapeamento. Pessoas com diagnóstico da doença em faixa etária mais jovem que o usual também podem se beneficiar do teste para compreender qual pode ser a evolução do quadro. O profissional de saúde pode aconselhar o paciente sobre realizar, ou não, o sequenciamento. Caso o resultado indique a presença de alguma alteração ou predisposição ao câncer, o especialista propõe a abordagem, que pode incluir desde simples medidas preventivas – como mudanças no estilo de vida ou hábitos alimentares – até a realização de exames complementares ou cirurgias profiláticas. “Se o mapa indicar predisposição ao câncer colorretal, por exemplo, uma colonoscopia pode ser necessária para obter mais informações sobre o trato intestinal da pessoa e auxiliar na proposição das medidas”, explica Dr. Marcel Domeniconi. A coloproctologista do Instituto Hélder Polido, Dra. Ana Carolina Parra, corrobora a importância dos exames preventivos. “Com o sequenciamento genético e os exames adicionais, a equipe médica tem uma visão muito mais precisa das condições de saúde da pessoa e consegue propor um protocolo com alta eficácia”, afirma. Muito além do câncer: mapa genético também prevê outras doenças Além do câncer, uma série de outras patologias graves pode estar ligada a fatores genéticos. E, nesses casos, médicos de diferentes especialidades também podem se valer do mapeamento genético como uma importante ferramenta de prevenção e tratamento dessas condições. Segundo Dr. Lucas Maeda, neurologista do IHP, esse é o caso de algumas doenças neurológicas bastante conhecidas, como epilepsia, autismo e o Alzheimer. “Outras condições mais raras, como a doença de Huntington e síndrome de Angelman, também podem ser apontadas pelo mapa genético”, afirma. Na área da cardiologia, também é possível identificar a predisposição genética para o desenvolvimento de cardiopatias. Dr. Bruno Henrique Brait Silva, cardiologista do Instituto Hélder Polido, destaca que essa informação é de extrema importância tanto para o médico quanto para o paciente. “Muitas doenças cardiovasculares podem ser prevenidas ou mitigadas a partir de mudanças nos hábitos da pessoa. Saber dessa predisposição, o quanto antes, ajuda muito nesse sentido”, diz. Até mesmo na área da nutrição, o mapeamento genético oferece muitos benefícios. Maria Fernanda Cury, nutricionista que integra o corpo clínico do IHP, explica que aproximadamente 25% do metabolismo do corpo pode ser influenciado por características genéticas. “O DNA pode indicar quais são algumas das características do metabolismo e da composição corporal do indivíduo, explicando sua dificuldade em perder peso ou mostrando uma tendência à hipertensão ou obesidade”, afirma. Equipe do Instituto Hélder Polido utiliza mapeamento genético em diferentes tratamentos de saúde Crédito: Divulgação No Instituto Hélder Polido, as informações obtidas por meio do mapeamento genético são de grande valor para profissionais de diferentes áreas, que atuam de forma conjunta em muitos casos, em uma abordagem voltada para a Medicina Integrativa. O paciente é visto como um todo, e seus dados genéticos ajudam a equipe a oferecer o melhor tratamento possível. Dr. Marcel Arouca Domeniconi ainda destaca que a genética é apenas um dos diversos fatores que influenciam a saúde de um indivíduo. “Além do perfil genético, o estilo de vida, o ambiente em que vive, o histórico médico familiar e outros elementos desempenham papéis igualmente significativos. Portanto, uma abordagem integrativa da saúde, que considera todos estes aspectos, é essencial para uma compreensão mais completa e um cuidado eficaz do paciente”, diz. “Em resumo, embora as avaliações genéticas não possam predizer o futuro com certeza, elas fornecem insights valiosos que, quando combinados com uma abordagem multidisciplinar e preventiva, podem melhorar significativamente a saúde e o bem-estar a longo prazo”, finaliza Dr. Marcel. CRM 126213 - CRM 199089 - CRM 169244 - CRM 134744 - CRN 365461 Serviço Instituto Hélder Polido Rua Maestro João Seppe, 900 Sala 133, Edifício Medical Center Jardim Paraíso, São Carlos – SP Site: www.institutohelderpolido.com.br Telefone/WhatsApp: (16) 99312 5156 - (16) 3372 7163

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/especial-publicitario/instituto-helder-polido/sua-saude-em-2024/noticia/2024/04/01/mapeamento-genetico-beneficios-e-como-fazer.ghtml


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